9.4.08

SEU JARDIM


Sob a sombra de árvores anônimas
Soletrastes versos da alma verdejante
Levaste-me à estirpe do mundo
Para me mostrar desinibida o jardim que cultivaste.

Arrancou-me de terra infértil
Sacudiu-me das raízes ao tronco
Expôs-me à tempestade com suas palavras
E me fez deitar em solo para pensamentos...

Inverteu sintaxes
Transgrediu semânticas.

Tomaste-me pela mão em viagem insólita pelo mundo...

+ paradoxalmenteeu 025

2 comentários:

::gabriela::gaia:: disse...

ei karlão, conhece o manifesto do mofo de Hundertwasser? bom, eu não conhecia... é bem legal. tem aí ó: http://www2.cronologiadourbanismo.ufba.br/apresentacao.php?idVerbete=41

bjo!

::gabriela::gaia:: disse...

tava lendo umas coisas do Norbert Elias e lembrei de você:
"Somente quando o indivíduo pára de tomar a si mesmo como ponto de partida de seu pensamento, pára de fitar o mundo como alguém que olha de 'dentro' de sua casa para a rua 'lá fora', para as casas 'do outro lado', e quando é capaz -por uma nova revolução copernicana em seus pensamentos e sentimentos -de ver a si e a sua concha como parte da rua, de vê-los em relação a oda a rede humana móvel, só então se desfaz, pouco a pouco, seu sentimento de ser uma coisa isolaa e contida 'do lado de dentro', enquanto os outros são algo separado dele por um abismo, são uma 'paisagem', um 'ambiente', uma 'sociedade'."
[ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Parte I (1939)]