25.3.08

ERVA DANINHA

Você me aparece sorrateira
E sórdida
Faz-me sentir moribundo
Rasteiro ao quase nada

Mas à rês do chão
Observo-te em falso escorço
Um monumento sem pedestal, sem proporção
Que toca a umidade do solo

De pés plantados
Tenho chance de ver-te enraizada
Imóvel
Enquanto meu olhar pode percorrer-te livre
Debaixo acima

Daqui percebo seu pranto cair
Do alto abaixo
No seu lamentar de estátua
Que sem saber me alimentas

Cultiva-me como erva daninha
Faz-me crescer aos poucos até te encobrir dos meus pensamentos.

+ paradoxalmenteeu 024

Um comentário:

::gabriela::gaia:: disse...

lembrei de vc. da uma olhadinha nesse artigo, e na revista toda. cheio de dobras...
bjoo!
http://www.corpocidade.dan.ufba.br/dobra/01_02_artigo.htm