CADENTES
Olhem para o céu!
As estrelas tiveram que morrer para nos dizer algo.
De olhos vendados
Com as cabeças arrastadas no chão.
Tropeçamos no vazio
E de costas ao frio
Estamos na sarjeta da multidão.
São mortes de tempo que nos disseram algo.
Nem de tropeçar em sarjetas
Em que a multidão dorme ao frio.
Nossos olhos dão as costas vendadas
Às cabeças arrastadas ao chão.
Mas não me digam que as estrelas estão simplesmente mortas.
...que demos as costas frias.
...que tropeçamos na multidão.
...que estamos de cabeças vazias.
+paradoxalmenteeu 021
Um comentário:
esse lance da estrela me fez lembrar de Nietzsche e do nosso papo sobre o caos: "É preciso ainda ter caos dentro de si para dar à luz uma estrela dançarina".
bjo!
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