29.2.08

TRAVESSIA

Malabares de fogo,
mente que arde.
Saio às ruas,
não sou tão covarde.
Minha mente parece nua
e a angústia dos outros me invade.
Mutilo braços,
para um abraço inviável.
Dilacero pernas,
para um andar paralisado.
Quisera saciar a fome
com tal corpo inútil.

Tarde é o agora.


A chama congelou
numa calçada fria
e visto roupas
para agasalhar a alma.


A presença do outro me invade num abraço que é inviável.


O agora é tarde!

A chama morta não mais me chama.


+paradoxalmenteeu_008
série: fragmentos de bar

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